11.11.06

Dia

Dias de sol não são muitos.
Não raro contento-me com raios tímidos por entre nuvens hostis
Uma cor cinzenta hostil
Uma passividade mórbida...hostil.
Por vezes chove, chove e as nuvens são impermeáveis, rochedos.
***
Soprará pra longe o vento
Trará uma passividade suave, serena
O Sol, que iria queimar na seca da alegria forçada, somente esquentará minhas mãos frias]
E eu, sim, não temerei tão fundo
Nem tremerei...
Tristeza será, enfim, apenas uma ouvinte
Eu vou rir pra ela, contarei um segredo ou outro
Um episódio ou outro
Trocarei confidências e só...
***
Por fim, dormirei uma noite inteira
E pela manhã, o Sol tocará meu rosto só pra me lembrar que é dia.
O dia que é o vário e não o sempre
O dia que é o riso e não gargalha
O dia, enfim, em que passam algumas nuvens; mas que não são estacionárias.]
***
(...)

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