4.6.11

Qualquer discussão é uma disputa de egos e nada além disso e de capricho. Daí surge a grande espiral que se abre ao infinito recheada de ideias, vomitadas. Aos olhos atentos, espectadores, passivos, inertes; não se saiu do cerne de tudo. Não se saiu do marco zero do cronômetro.

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Quando era criança, do tipo mais novo e de mente mais limpa, lembro-me que minha mãe se chamava simplesmente mãe. Perguntaram-me uma vez, qual o nome da sua mãe? Não sei.
Mente limpa, podia enxergar auras, tamanha a ingenuidade. Só a aura de minha mãe, envolta numa redoma de importância.
Um dia vi minha mãe chorando. Não, ela não podia chorar; nada podia tocar nesse envoltório, na superfície do lago tranquilo.
Por anos não consegui deixar rolar uma lágrima sequer.

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