11.3.12

Talvez eu não concorde com a "linha do tempo" do Facebook, por exemplo...

A faixa dos 20 aos 30 anos é a época mais criativa de uma pessoa. Curiosamente, quem quer que tenha dividido a vida em anos, talvez o tenha feito de forma coerente. Não sei se é porque vivemos conforme a idade que temos ou porque a idade que temos nos faz viver de certa forma. Assim como gente feia costuma ser legal e, gente bonita, geralmente, costuma ser arrogante e chata (ok, isso não precisava estar escrito aqui, não é científico). Paradigmas. Quando eu era mais nova, lembro do meu irmão falando, ou melhor, papagaiando uma frase que ouvira em qualquer lugar: "devemos quebrar paradigmas". Eu não sabia o que significava, somente tinha um feeling. Não quebramos paradigmas; quase sempre, só seguimos em frente. Não sei o que significa passar pelo planeta Terra e viver ínfimos oitenta e cinco anos, em média, e vangloriar-se de ter vivido tanto, talvez tão intensamente e morrer dignamente com uma bagagem a que se julga "Sabedoria". É como se a pessoa pensasse "ótimo, agora que tenho 30 anos, tenho experiência mediana" ou "muito bem, cheguei aos 40, já posso ter uma crise de meia idade". A vida costuma ter urgência por padrões. Eu vejo padrões de cores em toda parte; padrões de comportamento de tribos, de idades; de opiniões, música, gostos. Quase tudo chocando de frente com algo, conflituoso. Um negando o outro, um anulando o outro. Mas sempre sendo retomando um pouco mais a frente. Talvez eu não concorde com a "linha do tempo" do Facebook, por exemplo. E sim com a espiral de tempo de Hegel. Talvez eu ache que, daqui cinco anos, quando completar trinta anos, eu vá matar a pessoa que fui na faixa dos vinte. Um pouco menos criativa, claro. Porque a faixa dos 20 aos 30 anos é a época mais criativa de uma pessoa. . . .
(continua)

Um comentário:

Maurício disse...

Sweet!