6.8.08

Tal como a radiação em transferência de calor...

De uns tempos pra cá tenho me dedicado à Engenharia como nunca antes. Isso se deve ao meu desespero em livrar-me dela o mais rápido que me for possível. Bem, como já havia rascunhado na intimidade de meus papéis e/ou cadernos pessoais, escolhi um curso superior que suga toda a possibilidade e motivação à criatividade, à criação textual (sim, exceto quando se trata de relatórios - textos técnicos chatíssimos que valem 40% da nota final). Naquela ocasião, pendurei fracamente minha bandeira contra à negação da criação e comecei a rascunhar (em outro papel e/ou caderno pessoal) um livro; hoje inacabado. Enfim, me rendi à Engenharia, me rendi ao meu futuro emprego. Bons eram os tempos em que se podia "filosofar" sobre a polpuda herança de um pai, um avô, um tio. Aliás, melhor seria coragem de fugir das prisões, quebrar as correntes (todas elas) e sair por aí inventado (não, não pontes, edifícios e- hoje em dia - reatores), pensando, dizendo coisas pesadas de forma extremamente leve.
Para encerrar, acho necessário um comentário sobre o título. Primeiramente eu havia me esquecido de explicá-lo; foi uma idéia-de-título que me surgiu depois de uma aula de hoje, uma idéia totalmente infantil de tão ruim. Tenho sentido, nesses últimos tempos em que nem em meu blog tenho escrito nada, que, sim, parece que as palavras somem de vista, fogem mesmo, quando se destreina, quando se as traem... E agora, a analogia feita no título, escrevo como que sofridamente, comicamente até (quem sabe para resgatar algo - o quê?)... Somente idéias passando por lugar-nenhum da minha cabeça; meu lado inconsciente, quem sabe. Mas não que eu queira um final apelativo assim; não, não quero.

Nenhum comentário: